Miku (AN CAFE) Entrevista para「Club Zy MAG vol.042」- PARTE 3

No dia 28/03/2018 o mais novo single da AN CAFE “Negaigoto wa Hitotsusa” estará à venda e no dia 28/04 teremos o "Grand Final" da turnê especial de 15 anos da banda「Bokura no kiseki no aikotoba “Nyappy o(≧∀≦)o”」No parque ao ar livre Hibiya Yagai Ongakudo. E dessa vez representando a banda temos Miku, com uma entrevista dividida em quatro partes.
Fotografia por: Takehiro Suganuma
Entrevista por: Tomonori Nagasawa
Tradução: ハケル サントス Hiyori

Parte 3

- Miku, você havia mencionado sobre encontro com os fãs.
Miku: Não podemos pensar apenas em nós mesmo, os planos precisam envolver a felicidade do outro. Isso precisa estar presente nas lives também. Além de tentar transmitir nossos sentimentos de maneira correta. Será que conseguimos corresponder a expectativas de todos que vieram até aqui? Como vamos passar o tempo juntos e será que a diversão vai atingir a todos presentes? Os sentimentos e pensamentos dos fãs estão presentes em todas as nossas apresentações. Por isso não posso pensar apenas em mim mesmo.

- Penso por essa forma, mas nas lives mais simples do AN CAFE, há muitas pessoas que querem fazer barulho?
Miku: Sim, elas estão presentes lá. Mas as lives vão se repetindo, então acho que “transmitir a parte pessoal é algo importante”. Por um lado passei a pensar que quero poder gostar dessa parte, só que ao mesmo tempo penso desnecessariamente como um “conteúdo importante”.

- Então essa parte será um destaque?
Miku: Passou a ser mais uma fraqueza do que destaque. Ultimamente, preciso agradecer grande parte dos meus fãs. Esse ano quero poder fazer uma live de aniversário para mim, sei que no dia vou ficar muito emocionado por causa deles. Não dá pra devolver esses sentimentos apenas nas lives. Ainda sim toda a felicidade que eu conseguir receber dos fãs quero poder agradecer de algum modo, mesmo que eu arrisque a minha vida. Continuarei com esses sentimentos.

- Os fãs são importante para as live de aniversário dos membros.
Miku: Sim, é como ler uma carta.

- Causa ansiosidade.
-Miku: Escrevem coisas como “foi a live mais importante” “quero fazer o Miku feliz”, daí acho que “eles estão sendo muito sinceros” e novamente não posso devolver esses sentimentos, não quero terminar a live apenas com um “foi divertido”.

- Isso é uma coisa mútua que faz vocês continuarem essa caminhada.
Miku: Sim. Por causa dos aumentos dos novos fãs recentemente, a maioria tem gostado do modo de pensar dos (fãs) mais antigos. Tenho recebido muitas cartas dizendo “assim que ouvi pela primeira vez, passeia gostar” é ai que sinto “ah, essa pessoa vai voltar”. No meu caso, as letras parecem voar enquanto estou cantando.

- Como assim?
Miku: É que para mim as letras estão nos meus pensamentos e quando canto, elas parecem voar. Costumo dizer que “cantar inconsciente é uma boa”. De fato é melhor, porque se o cantor apenas ficar mexendo a boca, as letras não conseguem voar.

- Então, você coloca fortemente seus pensamentos na hora de “transmiti-las” (ao público)...
Miku: Como eu disse, as letras acabam simplesmente voando e por isso eu tento cantar inconscientemente. É bem melhor porque assim eu não cometo erros, mas se meu coração não estiver presente... se eu errar a letra é porque estou penando em outras coisas. Mais do que tudo, quero poder cantar cada letra cada palavra cheia de sentimentos.

- Tanto a “Negaigoto wa hitotsusa” como a “Nee” são as mesmas canções sobre amor não correspondido.
Miku: Sim. Se a “Negaigoto wa hitotsusa” seria o ponto de vista de um homem, então a “Nee” foi escrita do ponto de vista de uma mulher.

- Você mirou nisso propositalmente?
Miku: Sim, foi por esse motivo e o outro foi como se a melodia tivesse pedido por isso, assim que ouvi a melodia que o Kanon trouxe as palavras simplesmente vieram na minha cabeça.

- No início, pensei que apenas tivesse mirado propositalmente nesse “lados opostos”.
Miku: Tecnicamente sim. Quando eu reli ambas as músicas eu também pensei “ah... elas ficaram opostas”. No entanto isso foi construído pela própria música até o fim. Mas meu pensamento também esteve por lá “vou escrever sobre amor não correspondido”... Com certeza as imagens na minha cabeça vieram das melodias que o Kanon trouxe.

- Dessa vez, a imagem era sobre amor não correspondido.
Miku: De fato, foi o que aconteceu. Foi fácil imaginar muitas coisas a partir da música que o Kanon trouxe. Por isso foi meio que obrigatório... “vou escrever esse tipo de assunto”, especialmente porque foi algo intuitivo “essa letra combina nesse tipo de melodia” ou “o tema dessa letra musical é essa canção”. Eu não sabia até onde concluir ou se a tal da intuição estava correta, mas de qualquer forma a melodia do Kanon me deu essa intuição.

- Foi a forma com qual ambas as músicas foram criadas?
Miku: Sim.

- Na música “Nee” você se coloca no lugar da garota e grita pelos sentimentos dela “urusai”. Ouvindo essa parte causou um certo impacto.
Miku: “Quero colocar uma voz gritando nessa parte” e imediatamente pensei no que seria e já havia colocado. Isso foi no momento em que eu estava ouvindo “ah, música está com uma pausa nessa aparte. Ahh... já sei onde vou colocar (aquela voz)” pensei.

- Dessa vez, vocês fizeram um “black AN CAFE /white AN CAFE”. Isso tem alguma correlação com a música?
Miku: O pensamento de querer poder ver nossa própria diversidade era mais forte, não que não tenha alguma correlação com a música. O aniversário de 15 anos está bem a nossa frente, não é mesmo(?) então há o sentimento de querer poder se divertir com visual.

- Entendi.
Miku: Viemos caminhando durante esses quinze anos e mostrar as mesmas expressões e visuais seria meio chato. Por isso, tinha que ser mais do que nos renovar “nosso interior está adormecido, que tal se nós mostrássemos um eu desconhecido?” pensei.

- Nas vezes anteriores, vocês tiveram a experiência de mostrar duas personalidades no mesmo visual.
Miku: Novamente isso é uma vontade minha. Fazer a maquiagem é algo bem divertido, é como fazer a própria metamorfose... Meu eu interior é uma parte bem simplista, tenho uma grande capacidade de muda-la. Enquanto faço a maquiagem me divirto comigo mesmo, como se eu estivesse indo encontrar o (outro) “Miku do AN CAFE”.

- Você tinha essa sensibilidade quando começou com o visual kei?
Miku: Isso não é surpreendente. O eu de antigamente quando decidia a maquiagem ou o visual, apenas fazia por fazer. Tentei pensar que os vários estilos que quero fazer eram porque minha forma de pensar e meu senso estavam distantes.

 - Há um interesse.
Miku: Todas ás vezes em que os trajes mudam é porque nós mesmo queremos isso. Mais ainda é que temos um sentimento forte na qual queremos que os fãs se divirtam. Seria algo chato se aparecêssemos com as mesmas roupas nos encontros. Tento pensar em várias coisas por causa do visual como: Será que eles se assustariam? Será que ficariam felizes?

- Nesse período vocês estão no meio de uma tour com a Blu-BiLLioN. No mês de março haverá muitos eventos de atuação, mas a AN CAFE não faz tantas lives em parceria, não é.
Miku: Acho que em novembro do ano passado começou a vir muitos desses eventos. Fazer uma live em parceria é incrivelmente divertido e graças a isso, minha visão sobre esse tipo de coisa mudou.

- Que tipo de visão seria?
Miku: Eu tenho um incentivo diferente e também, agora acho divertido pensar “Se não entrarmos em sincronia com a outra banda, como nós nos representaríamos?”

- Não dá pra combinar a força.
Miku: Sim, há momento em que fico preocupado. Essa preocupação seria: se os fãs preferir a melodia da outra banda... esses pensamentos não são muito agradáveis, até porque não pareceria um artista com esse tipo de coisa. Acho que o melhor a se fazer seria ser nós mesmos. É por isso que ultimamente tenho me divertido em uma live duo tanto quanto gosto da minha própria (live).

- Há seus resultados em se fazer outros estilos de live.
Miku: Realmente. Minha maneira de pensar era em conseguir animar (os fãs) em um período curto de tempo (nessas lives duo). Durante esses 25 minutos as músicas mais animadas vinham seguida uma das outras, deixando os fãs sempre bem empolgados, depois que acabou pensei “eles estavam incrivelmente animados foi uma boa live”. Venho pensando diferente em relação a isto.
Quero deixar minha essência e por isso eu gosto daquele longo tempo na live até porque é fácil representar nosso próprio mundo (An Cafe). Meus pensamentos sobre uma live duo mudou, pois não é difícil conseguir transmitir todo o charme da banda em 20 minutos.

[A continuação será disponibilizada até o final desse mês (Maio 2018) ou inicio de Maio, por favor, acompanhem nossas redes sociais e aguardem por isso.]

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